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Medicina Nuclear

Dra. Lucília Salgado

Diretora

Alexandra Marques

Enfermeira-chefe

Técnica Ana Caeiro

Técnica coordenadora

Pavilhão de Medicina Nuclear

Localização

secretariadomednuc@ipolisboa.min-saude.pt

Email

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A Medicina Nuclear é uma das três especialidades médicas que utiliza radiações ionizantes na sua prática clínica. Ao contrário das outras duas (radiologia ou imagiologia e radioterapia ou radio-oncologia), a medicina nuclear usa «fontes não seladas» – significa que a radiação se encontra na forma de um radiofármaco, que é administrado ao doente na altura do exame, quase sempre por via endovenosa. Em radiologia e radioterapia, a radiação está confinada aos equipamentos e só quando se realiza o exame ou a terapêutica é que o doente é exposto à radiação («fontes seladas»).

 

As imagens de medicina nuclear são funcionais, ao contrário do que acontece em radiologia, em que as imagens têm habitualmente, uma boa definição anatómica. Por exemplo, um rim que não funciona pode ser visualizado numa ecografia ou numa tomografia computorizada (TC), mas não será visualizado num exame de medicina nuclear. Tecidos «mortos», como as zonas de enfarte do miocárdio ou tumores já tratados, apresentarão uma imagem negativa nos estudos de medicina nuclear. Em oncologia, estas metodologias funcionais permitem dizer aos clínicos, com grande grau de certeza, que o tratamento está a resultar e que o tumor já não tem células vivas.

Radiofármacos e moderna tecnologia

O radiofármaco é constituído por duas partes: uma não- radioativa, que dirige a radiação ao órgão ou sistema que se vai estudar. E outra radioativa, que funciona como se fosse um rótulo: permite a deteção externa do local onde está o radiofármaco e a obtenção da imagem desse local.

 

O radiofármaco é preparado como um medicamento, mas não tem ação farmacológica, isto é, não altera a fisiologia do corpo do doente. É como se fosse um sinalizador. Percorre o corpo e permite observar um determinado órgão do ponto de vista funcional.

 

Alguns equipamentos mais modernos de medicina nuclear, como os que temos no IPO Lisboa, juntam a tecnologia clássica da tomografia de medicina nuclear com a TC – são os chamados equipamentos híbridos: SPECT-TC e PET-TC, melhorando a localização anatómica das lesões. Os estudos de medicina nuclear e os estudos radiológicos são complementares e ambos fundamentais para fazer um melhor diagnóstico.

 

Em Medicina Nuclear, cada exame corresponde a uma única dose de radiação, com a qual conseguimos ver o corpo todo do doente.

 

Os exames de medicina nuclear são seguros e, na maioria dos casos, conferem uma baixa dose de radiação ao doente. São exames não invasivos, em que, regra geral, o maior incómodo é uma picada na veia.

Tratamentos em medicina nuclear

A medicina nuclear também tem uma componente terapêutica, mantendo o mesmo princípio (administração de uma substância radioactiva ao doente), mas fazendo uso de outros tipos de radiação, a radiação beta ou a alfa, com maior potencial de destruição celular.

 

Em terapêutica, o objetivo é tratar por destruição celular, com a preocupação de preservar os tecidos saudáveis.

 

Para diagnóstico, utilizamos radionuclídeos que ficam pouco tempo no corpo do doente. Em terapêutica, usamos isótopos que permanecem mais tempo no organismo, localizados numa grande proximidade com as células tumorais. A terapêutica mais conhecida é a dos tumores diferenciados da tiroideia. Mas há outros tipos de terapêutica, como o tratamento de neuroblastomas e o tratamento paliativo de metástases ósseas, quando há doença avançada, com o objetivo de aliviar a dor, à custa de uma redução mínima do volume da lesão.

 

Também há situações benignas que podem ser tratadas pela medicina nuclear, como o hipertiroidismo ou articulações inflamadas, por exemplo na artrite reumatoide, ou articulações com sangue (hemartroses em doentes hemofílicos).