A violência é um problema de saúde pública cujo impacto negativo nas pessoas pode acontecer ao longo do ciclo de vida. Um fenómeno que pode acontecer em vários contextos, mas o enquadramento de uma doença oncológica pode acentuá-lo. É necessário estar atento, ajudar a prevenir e sinalizar, se for esse o caso. Os profissionais de saúde têm prestado cuidados às vítimas, quer ao nível físico como psicológico e emocional.

O IPO Lisboa pretende robustecer a sua participação ativa nesta problemática esclarecendo os utentes e criou, por isso, a EPVA (Equipa de Prevenção da Violência em Adultos) para ajudar a combater qualquer tipo de violência entre os doentes e família. A equipa multidisciplinar do IPO Lisboa tem como principal missão informar e sensibilizar doentes, familiares e profissionais de saúde para a importância da prevenção da violência interpessoal.

A formação e consultoria aos profissionais está entre as prioridades da EPVA, que desenvolve a sua atividade no Instituto desde 2019, em linha com Estratégias Nacionais e Convenções Internacionais ratificadas por Portugal, em matéria de prevenção da violência e promoção de direitos humanos, nomeadamente das Nações Unidas, Organização Mundial da Saúde e Comissão Europeia.

Retomando em força a atividade em meados de 2022, depois de alguns constrangimentos gerados pela pandemia, a formação aos profissionais dos vários serviços clínicos do IPO Lisboa tem vindo a ser reforçada, resultando na identificação de mais de uma dezena de casos de violência.

Segundo dados globais do último relatório do Programa Nacional de Prevenção da Violência no Ciclo de Vida, da DGS, metade das situações identificadas no registo clínico da violência em adultos ocorre em meio hospitalar e envolve maioritariamente situações de violência doméstica e abandono de idosos.