01 de Fevereiro 2023
Em Portugal, as taxas de sobrevivência dos cancros mais comuns são superiores às médias em toda a União Europeia (UE). Esta é uma das conclusões do relatório da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) sobre os Perfis Nacionais de Cancro 2023.
Na análise relativa a Portugal, a sobrevivência a cinco anos, um indicador de qualidade dos cuidados oncológicos, é elevada para a maioria dos tipos de cancro. Ainda que a OCDE deixe alguns alertas e sugestões de áreas onde é possível – e desejável – que ocorram melhorias, nos casos oncológicos mais comuns – leucemia infantil, mama, colo do útero, próstata, cólon e pulmão – o desempenho nacional é superior à média da UE.
Tendo por base os dados mais recentes disponíveis, relativos a cancros diagnosticados entre 2010 e 2014, são referidas taxas de sobrevivência para o cancro da próstata em Portugal de 91% e na União Europeia de 87%. Nos outros tipos de cancro, as taxas identificadas em Portugal e UE foram, respetivamente, de 90% e 82% na leucemia infantil, mama 88% e 83%, colo do útero 66% em Portugal e 64% na EU a 24 e do cólon 61% e 60%.
Para estes resultados contribui a melhoria de cuidados oncológicos, especialmente “a estratégia de deteção precoce com elevada adesão aos rastreios de base populacional” e “o acesso a tratamentos inovadores”. Ainda segundo a análise da OCDE, “no entanto, a taxa de sobrevivência ao cancro do pulmão permanece desproporcionadamente baixa em relação a outros cancros, embora esteja ao mesmo nível da média da UE (16 % em Portugal e 15 % na UE).