A propósito do Dia Mundial do Cancro do Ovário, que se assinala a 8 de maio, o Serviço de Ginecologia do Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPO Lisboa), em colaboração com a Clínica de Risco Familiar, elaborou um vídeo de sensibilização sobre esta doença, destinado à população em geral, que pode ser visto aqui.
E no dia 9 de maio tem lugar no Instituto uma formação sobre Cancro Hereditário do Ovário, destinada a especialistas e internos de Medicina Geral e Familiar (MGF) e de Ginecologia/Obstetrícia.
Detetado em fase avançada
Queixas como obstipação, distensão abdominal, sensação de inchaço, enfartamento, menor tolerância ao esforço e perda de peso são sintomas pouco específicos e que podem ser atribuídos a doenças benignas ou malignas. O atraso no diagnóstico leva a que a doença seja detetada em fases mais avançadas em cerca de dois terços das mulheres com cancro no ovário, o que tem impacto no prognóstico e na sobrevida das doentes.
A idade (a maioria destes cancros são detetados em mulheres acima dos 55 anos), a obesidade, ou o facto de nunca ter engravidado ou ter tido gravidezes tardias são considerados como fatores de risco. Mas 10% dos casos de cancro do ovário são hereditários. Ou seja, ocorrem em mulheres portadoras de mutações nos genes BRCA1 (44% a 49% de risco de contraírem a doença) e BRCA2 (17% a 21%). E nestes casos os tumores surgem em doentes mais jovens.