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18 de Novembro 2022

Lutar contra a resistência aos antibióticos

Para assinalar o Dia Europeu do Antibiótico, o IPO Lisboa apela às boas práticas de controlo de infeções e ao uso adequado destes medicamentos.

A resistência aos antibióticos é considerada uma ameaça grave no mundo e é responsável por cerca de 33 mil mortes anuais em toda a União Europeia, sobretudo devida a infeções contraídas em contexto de prestação de cuidados de saúde e, em grande parte, ao uso abusivo dos antibióticos, explica a médica Zélia Videira, coordenadora do Grupo de Coordenação Local do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos (GCL-PCIRA) do Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPO Lisboa).

 

De acordo com o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC), o impacto da resistência antimicrobiana na saúde é comparável ao da gripe, tuberculose e sida juntos. Neste Dia Europeu do Antibiótico, que se assinala a 18 de novembro, o IPO Lisboa lembra que práticas como a higienização das mãos e a etiqueta respiratória, tão importantes nesta época sazonal do outono-inverno, são absolutamente necessárias para evitar infeções que poderão necessitar da administração de antibióticos.

 

O conceito de “Uma Só Saúde”, defendido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), baseia-se na procura sustentada de uma melhor saúde para todos e para o meio ambiente, do qual todos lucraremos ao usar prudentemente os antibióticos.

 

Segundo a OMS, entre os medicamentos antimicrobianos incluem-se os antibióticos, os antivirais, os antifúngicos e os antiparasitários. A resistência antimicrobiana ocorre quando bactérias, vírus, fungos e parasitas não respondem aos medicamentos, tornando as infeções difíceis de tratar e aumentando, assim, o risco de doença grave e de morte.