João Oliveira, presidente do Conselho de Administração do Instituto Português de Oncologia de Lisboa (IPO Lisboa) recebeu o presidente do Núcleo Regional Sul (NRS) da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), Francisco Cavaleiro Ferreira, que quis conhecer in loco o trabalho do Laboratório de Virologia, que precisou de um avultado investimento financeiro para realizar testes de diagnóstico COVID-19 aos doentes e aos profissionais do Instituto.
No final de visita, que teve lugar na semana passada e foi acompanhada por Margarida Silveira, diretora do Serviço de Patologia Clínica, e por Mário Cunha, coordenador do Laboratório de Virologia, o dirigente da Liga informou que vai fazer um donativo de 500 mil euros ao Instituto.
Segundo Francisco Cavaleiro Ferreira, «num período de pandemia tão difícil para a saúde pública em geral, para os doentes oncológicos em particular e para os profissionais de saúde, a LPCC decidiu apoiar financeiramente e com uma verba considerável os testes à COVID-19. Com esta ação contribuímos ativamente para garantir que os doentes oncológicos em tratamento no IPO Lisboa e os seus profissionais de saúde tenham os recursos necessários para que possam ser testados, salvaguardando assim a sua segurança.»
João Oliveira, presidente do Conselho de Administração (CA) do IPO Lisboa diz que «a colaboração da LPCC com o Instituto assume neste caso uma importante materialidade, aliviando o esforço financeiro requerido pela resposta à atual epidemia. Têm sido muitas as alterações que tivemos de introduzir no funcionamento do hospital e a LPCC demonstrou a maior disponibilidade para nelas colaborar, quer através dos recursos que lhe são próprios, quer apoiando na aquisição de meios.»
«Para manter a atividade oncológica e contando com as restantes estruturas do Serviço Nacional de Saúde para atenderem doentes eventualmente infetados, a realização de testes em larga escala é indispensável. De facto, só se conseguem otimizar os circuitos de doentes e os procedimentos dos profissionais para a proteção relativamente à infeção, se os doentes infetados forem prontamente identificados e os respetivos contactos rastreados, o que envolve a realização de testes de forma quase sistemática», acrescenta o presidente do IPO.
Por ano, o IPO Lisboa recebe cerca de 7500 novos doentes com cancro e mantém em tratamento/vigilância ativa cerca de 57 mil doentes.