Neste início de 2023, o Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPO Lisboa) está a seguir mais de 500 doentes com neurofibromatose, uma condição genérica rara do sistema nervoso. É o hospital do país com mais doentes em acompanhamento e tal deve-se, principalmente, a uma abordagem inovadora iniciada em 2018 pelo Serviço de Neurologia. No final do ano, estima-se que serão mais de 600 os doentes em seguimento.
“Os doentes diagnosticados com neurofibromatose têm um risco acrescido de desenvolver vários tipos de tumores”, explica o neurologista João Passos, responsável pela consulta. Para tentar evitar que estes tumores se transformem em doença maligna, os utentes são seguidos com o apoio de vários serviços do IPO Lisboa.
“Esta vigilância dos doentes é um aspeto particularmente importante, porque envolve várias especialidades: a radiologia, que é uma especialidade fundamental para garantirmos a monitorização destes doentes, as cirurgias Geral, de Cabeça e Pescoço, Outros Tumores Sólidos (OTS), Plástica, Otorrinolaringologia (ORL)”, prossegue o médico. “Todas são chamadas para ajudar a definir o plano ideal para estes doentes.”