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25 de Março 2022

Há cada vez mais jovens a doar sangue

​Agendamento eletrónico das doações trouxe novos dadores de sangue ao IPO Lisboa e permitiu a manutenção das dádivas nas fases mais agudas da pandemia.

O agendamento eletrónico das doações de sangue no Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPO Lisboa), lançado em junho de 2021, está a ser bem recebido e elogiado pelos dadores. Segundo a médica Dialina Brilhante, diretora do Serviço de Imunohemoterapia​ do Instituto, foi graças a esta funcionalidade que se conseguiu “manter a atividade” de recolha​, apesar da pandemia de COVID-19 ter afastado alguns dadores, e são raros os dias em que as marcações não ficam completamente preenchidas.

“Agradeço a todos os que têm vindo, mesmo durante a pandemia”, frisou a especialista, assinalando o Dia Nacional do Dador de Sangue que se celebra a 27 de março. O agendamento eletrónico, acrescentou, está a também a trazer dadores “cada vez mais jovens” ao IPO Lisboa.​

 

Teresa Guerreiro, médica do serviço, revelou por seu lado que, com esta afluência de dadores de sangue, o IPO Lisboa está a conseguir aumentar as reservas de sangue. Ou seja, como todo o sangue doado no IPO Lisboa é utilizado nos tratamentos dos doentes do Instituto, a manter-se o aumento dos dadores consegue-se diminuir a dependência de outras instituições como o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) para o seu fornecimento.

 

E quando o IPST lança apelos às doações de sangue, acrescenta o médico interno Gustavo Godinho, do Hospital de Egas Moniz, a fazer estágio no Instituto, o IPO Lisboa também regista um aumento no número daqueles que querem ajudar. “As pessoas vão aos locais mais próximos”, disse.

“Forma bonita e fácil”

 

Sabrina Domeniconi já doava sangue no seu país natal, Itália. Agora que está em Portugal decidiu retomar as doações. Entrou em contacto com o IPO Lisboa e veio realizar a sua primeira doação de sangue, depois de dois anos sem o fazer por causa da pandemia. “É uma forma​ muito bonita e fácil de fazer a nossa parte. Não é doloroso e vale muito a pena. A sensação de ter feito algo pelos outros é maior do que o medo das agulhas”, revelou.

 

E se há dadores novos, existem também aqueles que são “fiéis” ao serviço. Como é o caso de José Luís Alves, trabalhador do IPO Lisboa, que começou a doar sangue há vários anos. A doença oncológica da cantora Sofia Lisboa, ex-membro da banda Silence 4, foi o caso que despertou a sua vontade de ajudar aqueles que precisam do sangue dos outros para os seus tratamentos.

 

Também foi um caso de doença, neste caso a da mãe, que levou Abel Rodrigues a tornar-se num dador de sangue frequente. “Passei a ver a vida de outra maneira. Hoje estou a dar e amanhã posso estar a receber”, lembrou. Além de doar sangue, Abel Rodrigues também doa plaquetas recolhidas seletivamente por aferese. “É um processo mais demorado, mas só tiram o que precisam”, rematou.

 

Para saber mais aceda à nossa página “Seja dador de Sangue”​ e agende a sua dádiva diretamente no formulário eletrónico​ no nosso site.​