Para assinalar duas décadas de atividades nos hospitais, a Operação Nariz Vermelho (ONV) está a promover uma exposição itinerante e um espetáculo nas instituições de saúde que trabalham com os doutores palhaços.

No Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPO Lisboa), a exposição foi inaugurada esta segunda-feira, 20 de junho, e está patente até ao dia 4 de julho, no piso 2 do Pavilhão Central (corredor da sala de reuniões). O espetáculo, criado de raiz para esta celebração, está marcado para o dia 29 de junho às 11 horas.

Intitulada “Da ponta do nariz ao sorriso de uma criança”, a exposição dá a conhecer a história da ONV e a sua missão, e convida os visitantes a brincar, criando um doutor palhaço através de cubos rotativos. A mostra vai percorrer os hospitais com os quais a instituição tem parceria, em Lisboa, Porto, Braga e Coimbra.

“A ONV celebra 20 anos e para nós o que fazia sentido era envolver os protagonistas desta história”, explicou Flávia Diab, coordenadora da Relação Hospitalar, na inauguração da mostra no IPO Lisboa. Segundo a responsável, a exposição modular e interativa foi pensada para estar montada nos espaços hospitalares de modo a que os utentes, familiares e funcionários conheçam melhor o trabalho da instituição.

A médica Filomena Pereira, diretora do Serviço de Pediatria do IPO Lisboa, destacou que o trabalho dos doutores palhaço ajuda a “manter a infância das crianças numa parte dura do seu quotidiano” e alimenta também a meninice dos profissionais de saúde que com eles se cruzam.

Criada em 2002, a ONV organiza anualmente cerca de 53 mil encontros nos serviços de pediatria daqueles hospitais. Conta com o trabalho de 33 doutores palhaços profissionais.

Durante as fases mais agudas da pandemia de COVID-19 os doutores palhaços contactaram com as crianças apenas à distância, através de videochamadas e vídeos publicados nas redes sociais. Gradualmente a atividade presencial está a ser retomada.

“Era incrível ver a reação das crianças. Não era a mesma coisa que estar ali, mas era como se estivéssemos”, revelou Marta de Carvalho, uma das doutoras palhaço (Dra. Ginjação), em declarações anteriores à comunicação social.