O cancro da cabeça e pescoço engloba vários tumores, como os localizados nas vias aerodigestivas (ou seja, por onde passam o ar e os alimentos na cabeça e pescoço – a boca, o nariz, a faringe e a laringe), os tumores das glândulas salivares, os da tiroide e os da pele da cabeça e pescoço.
Em Portugal, surgem por ano cerca de dois mil novos casos de tumores da cavidade oral, da faringe e da laringe. Estes são os cancros da cabeça e pescoço mais frequentes e que causam, também anualmente, mais de 800 mortes no país, explica o médico Pedro Gomes, diretor do Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPO Lisboa).
De acordo com o especialista, apesar de grave, a doença “pode ser controlada se tratada a tempo, pelo que importa agir na prevenção e no despiste precoce”. No entanto, a mortalidade global destes tumores ao fim de cinco anos é de 50%, porque muitos dos doentes “são diagnosticados tardiamente”.