A linfadenectomia inguinal video-endoscópica (LIVE) é uma nova técnica usada no Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPO Lisboa) que traz grandes benefícios aos doentes. Minimamente invasiva, é usada no tratamento do cancro cutâneo, nomeadamente no melanoma, e tem revelado bons resultados na abordagem da doença ganglionar neste contexto.
“Esta nova abordagem permite sobretudo o controlo da dor pós-operatória e consequente diminuição da limitação funcional do membro, associada a uma diminuição da morbilidade da ferida operatória”, explica a cirurgiã Joana Bártolo, do Serviço de Cirurgia Geral do IPO Lisboa.
A abordagem da doença ganglionar no contexto de melanoma tem evoluído nas últimas décadas. “A linfadenectomia inguinal por via aberta está associada a uma morbilidade significativa, sobretudo com complicações imediatas da ferida operatória, que podem ser responsáveis por atrasar o início de terapêuticas adjuvantes”, explica.
Esta técnica chegou ao Serviço de Cirurgia Geral do IPO Lisboa em 2017, pelas mãos do cirurgião Victor Farricha, e atualmente é a abordagem preferencial para estes casos, tendo sido retomada no último ano após um interregno imposto pela pandemia COVID-19. É realizada pelos cirurgiões Victor Farricha e Joana Bártolo, da unidade de Outros Tumores Sólidos do serviço.
De salientar ainda o reconhecimento do trabalho desenvolvido por estes profissionais no Congresso da Sociedade Portuguesa de Cirurgia Minimamente Invasiva 2022. Filipa Fonseca, médica interna do Serviço de Cirurgia Geral do IPO Lisboa, apresentou o vídeo explicativo desta técnica, premiado como Melhor Comunicação da categoria.