Quando se entra no Serviço de Medicina Nuclear do Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPO Lisboa), situado no primeiro edifício a ser construído no complexo quase centenário e o primeiro Serviço de Medicina Nuclear português, a maior afluência dos utentes destina-se à “ala direita” onde se realizam os exames de diagnóstico. São aqui feitos cerca de oito mil por ano. A equipa multidisciplinar é constituída por 45 funcionários, entre médicos, enfermeiros, técnicos de medicina nuclear, físicos médicos, radiofarmacêuticos, assistentes operacionais e assistentes técnicos.
As grandes máquinas que realizam os exames PET (nome pelo que é mais conhecida a tomografia por emissão de positrões) são as mais imponentes, mas o Instituto também está dotado de câmaras Gama para outros tipos de exames. A última atualização tecnológica do serviço foi na área da Medicina Nuclear Convencional, com a aquisição de um equipamento SPECT-TC em 2018, explica a médica Lucília Salgado, diretora do Serviço de Medicina Nuclear. Com estes equipamentos o IPO Lisboa realiza “desde técnicas de cardiologia, neurologia, oncologia, pneumologia… Temos um leque muito amplo para trabalhar com toda a medicina”, acrescenta.
No diagnóstico por PET (Positron Emission Tomography) – cujos equipamentos mais recentes estão acompanhados de TC (Tomografia Computorizada) que permite um exame mais completo – a grande maioria dos exames destina-se à oncologia. “Também temos áreas emergentes que estão a ser trabalhadas, como as inflamações, infeções, infeções vasculares, áreas muito de «nicho», mas também importantes pela resposta que conseguimos dar”, prossegue a especialista.