Há 35 anos que se fazem transplantes de medula no Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPO Lisboa). Foi o primeiro hospital que os fez em Portugal, corria o ano de 1987. Em 2021 foram realizados 109 e 56 no primeiro semestre de 2022. Os anos de experiência e a evolução clínica e tecnológica não tiram complexidade a este tratamento.
Desde logo pelo tempo que os doentes passam hospitalizados antes e após o transplante. Sempre em isolamento, pois a pandemia por COVID-19 ainda não permite a presença de um acompanhante, a não ser que sejam crianças. Podem depois seguir-se mais dias de internamento, sem isolamento, em quartos resguardados. A recuperação é sempre longa e exige vindas regulares ao hospital, pois é preciso ter a certeza de que as células transplantadas não são rejeitadas pelo organismo do doente que as recebeu e acautelar quaisquer infeções.
Para evocar o Dia Nacional da Doação de Órgãos e da Transplantação, que se assinala a 20 de julho, o médico Nuno Miranda, diretor da Unidade de Transplante de Medula (UTM) do IPO Lisboa, faz um ponto de situação dos tratamentos e das novas terapias que a evolução clínica tem trazido para esta área.